agosto 21, 2008

Sempre me senti atraído por aquilo que é e não parece. O aspecto pesado de alguma coisa leve. A escuridão de uma pequena lanterna acesa. Foi assim que conheci o meu pequeno guarda-fatos de 3 portas e de maçanetas douradas da tinta.
Abri a porta central, puxei as gavetas onde guarda os pijamas, as meias e as cuecas. Subi como se fossem dois pequenos degraus. Antes de me por completamente dentro escuro verifiquei de que a relva não estava muito molhada para me deitar nem que as folhas das árvores me tapassem a luz da noite escura.
Depois disto, apenas esperei quem me unissem os pontos a linha azul.

agosto 19, 2008

Desculpa, os olhos caíram me.

agosto 04, 2008

Não sei como começou, não me lembro do princípio nem como adormeci.
Só sei que acordei com uma cidade de cabelos no meu braço.

julho 29, 2008

Não quero falar aqui sobre isto. É demasiado delicado, demasiado sensível, demasiado meu.
Demasiado Eu até...
Mas posso dizer que é como sentir sem olhar. Responder sem perguntar.
Não digo, apenas sei.
E fica comigo

julho 28, 2008

És o tijolo que eu quero naquele conjunto de Paredes.

julho 26, 2008

Hoje acorda-se com frio e sozinho.
...E com fome.
O pequeno-almoço quente foi adiado.

julho 25, 2008

Um café nem sempre é liquido.
Um café nem sempre é amargo.

julho 24, 2008

Um bom pequeno almoço consiste numa tijela de leite cheia de cereais integrais de chocolate acompanhados por uma boa dose de café.
Por pior que os cereais sejam, o café será sempre bom.

julho 22, 2008

Está me a passar. Eu sinto que sim. Está a ir se embora. Eu sei que sim.
Estou a sair do barco vermelho amarelo e laranja. Estou mesmo empoleirado na borda.
Ponho a minha cabeça fora do barco, dentro de água para me ver se afogo.
Daqui a pouco já sei respirar dentro dela.
O desenho já está feito.
O rascunho está definido.
Falta definir melhor as linhas e escolher as cores.

julho 19, 2008

Estive duas horas na outra realidade mas não consegui mais. Não sei se fui eu que não me permiti ou algo exterior a perturbar. Quando me apercebi reparei que já não estava aonde eu fui.
É dificil nestes momentos ter a consciência de que lado se cai quando ainda estamos baralhados conosco mesmo.
Sei que ainda há muito que falar, muito para pensar, que ainda estamos no pequeno de príncipio de algo que pode ser a chave de tudo o que não me deixa dormir. Ou de tudo o que me faz sonhar.
Quando tiver as palavras para te explicar a imagem mental de todo este esquema conto te o que penso.
Até amanhã ao pequeno almoço quando acordar, ou adormecer...
Dizem que o tempo cura tudo.
Mas o tempo não disfarça nada.
A minha cara tem se tornado cada vez mais comprida.

julho 16, 2008

Estava quieto no meu quarto à noite quando algo indescritivel passou por mim, eu chamo lhe uma força da natureza para ser mais fácil de identificar.
Passou e levou me tudo. A minha casa, as minhas cores, os meus numeros, tudo e mais alguma coisa. Foi algo que pensamos que só acontece aos outros, mas desta vez aconteceu comigo.
Sobrou me muito pouco.
Um café para não adormecer.

julho 15, 2008

Atrás da minha mão, sou pequeno quase invisivel.
Baixinho sem ninguem me ouvir, sou pequeno quase invisivel.
De costas sem ninguem a olhar de frente, sou pequeno quase invisivel.
Escondido atrás da minha mão, sem fazer barulho algum enquanto estou de costas para o Mundo, pode ser que seja o pequeno suficiente para ser invisivel.

julho 14, 2008

Meu pequeno café de azeitona enferrujada. Vou me deitar. Tem que ser. Amanhã de manhã se a minha cabeça tiver fora do sítio, vem falar comigo e põe as mãos nela para a segurar.
Bom dia café da manhã! Cala te! Não fales alto. Não vês que ninguem sabe que eu falo assim contigo? Claro que toda a gente fala contigo. É normal eu sei. E tu também falas com toda a gente. Mas o que importa é como EU falo contigo e como tu me ouves.
Ajuda me agora que estou cheio de sono. Não quero adormecer e desquilibrar me. Logo agora que estou a conseguir manter a cabeça em cima.
Desperta me café da manhã!!!


Fechar os olhos e dormir é para quem não sabe o que fazer ao tempo.

julho 13, 2008

Tenho um nó no pescoço.
Mas não tenho nenhum banco de onde saltar.
Crianças hoje vou vos contar uma história. Não vou contar nenhuma que vocês conhecem nem das que acabam com "felizes para sempre". Vou contar uma para vocês aprenderem como é a vida das pessoas grandes.

Era uma vez uma mãe-nuvem que teve um filho-nuvem. Esse filho-nuvem era muito preto, muito grande, muito pesado e muito mau. Um dia decidiu sentar se em cimda de toda a gente e fazer ó ó para sempre.

Fim da história.

julho 11, 2008

Ando de cabeça perdida. Perdi a minha cabeça algures pelo caminho. Foi porque quis, porque não a quis sergurar, porque não quis equilibrar antes de cair. É parvo mas queria que me pontapeassem para saber se ainda me sonceguia sentir mesmo eu não estando em mim.
Agora eu quero apanha-la. Não me consigo ver com os meus olhos porque o meu corpo vai longe. Não me consigo ver porque estou cego.
Preciso de ajuda de alguém que encontre a cabeça por mim, que me ponha no sítio. Que me garanta que ela não caia do lugar outra vez.

julho 08, 2008

Escrevo aqui porque sei que não lês.
Escrevo aqui porque sei que não lês.
Escrevo aqui porque sei que não lês.

A pé

Fui até tua casa a pé.
Fui não para te ver mas para saber quantos passos nos separavam.
Fui para te poder dizer quantos passos nos separavam.
São 39 158 passos, os meus passos do comprimento da largura dos meus ombros.
Fui e vim sem tu saberes.
Chamar me ias de parvo, estupido e que não tinha mais nada que fazer.
De facto sou isso tudo e ainda mais alguma coisa que não dizes para não me magoares.

julho 07, 2008

Mais um

E mais um pontapé dado a mim.

julho 02, 2008

É só

É só um dia.
É só um numero.
É só algo em que eu acreditava.
É só...
Hoje não existe.

junho 30, 2008

Quando as minhas pontes se queimaram todas só te vi a ti.
E a outra margem era boa demais para ser verdade.

junho 29, 2008

Moscas

Eu falo à vontade
Mas não sei o que te dizer ou perguntar
Só me aptece deixar as moscas que estão no ar pousar na minha pele e deixa las estar.

junho 25, 2008

Quando se vai o ardor
Fica a dor
Caeiro

Gosto do ceu porque não creio que elle seja infinito.
Que pode ter comigo o que não começa nem acaba?
Não creio no infinito, não creio na eternidade.
Creio que o espaço começa numa parte e numa parte acaba
E que agora e antes d'isso ha absolutamente nada.
Creio que o tempo tem um principio e tem um fim,
E que antes e depois d'isso não havia tempo.
Porque ha de ser isto falso? Falso é fallar de infinitos
Como se soubessemos o que são de os poder entender.
Não: tudo é uma quantidade de cousas. Tudo é definido, tudo é limitado, tudo é cousas.

Oito deitado

Esquisito,sim sra!!! Esquisito é a palavra.
O horizonte é um circulo O horizonte é o infinito
O circulo é a manifestação do infinito;
O horizonte é um circulo imenso que não lhe ves a curvatura.
O horizonte é um circulo O horizonte é o infinito
Andei a beijar um enxame de abelhas
Como se eu não soubesse que eventualmente me ia picar

junho 23, 2008

Rescrever

Quando algo que eu escrevi não corre como eu quero o que devo fazer?
Rasgar a folha e começar de novo?
Deixar estar a folha para me rir mais tarde das asneiras que fiz?
Ignorar?
Eu não quero ficar com um caderno de 50 páginas reduzidas a três ou a quatro só porque não estive de acordo com as minhas previsões.
Quando escrevo e não me sai é como se tivesse perdido algo de mim. Por isso prefiro não arrancar e deitar ao lixo.
Não me quero perder.
Quero me lembrar quem já fui.
E também para quê rasgar? Quando sabemos de cor e salteado cada palavra que escrevemos...
Por mais que tente esquecer, há de sempre ficar na minha cabeça aquilo que fiz, o que não fiz e o que devia ter feito.

Um Tiro no Poço

Assim começo
Um pingo no charco
Uma mancha na toalha
Uma lágrima na pele
Um punho na parede
Um tiro no poço